Luz

Contemplava as montanhas alvejadas
pelos lençóis vaporosos da neblina,
e num ímpeto, minh’alma, inda menina,
ansiou flanar nas nuvens prateadas.
 
A fantasia, minha eterna namorada,
pressagiando minha ânsia matutina,
desfraldou as belas asas cristalinas
e levou-me pelos céus da alvorada.
 
Pude voar... E por espaços tão etéreos!
Sorvi d’orvalho o cintilar e o refrigério...
Cheguei tão perto do semblante de Deus!
 
Porém não pude desvendar esse mistério
que tanto intriga esta minh’alma de hespério:
D’onde vem toda essa luz dos olhos teus?
 
 
 
Aleki Zalex
Jun2011
Republicação
Imagem: Google
Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 05/08/2012
Reeditado em 23/04/2014
Código do texto: T3815014
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