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Contemplando o mar, percebo o sal tocando os meus lábios

O salitre projetado aos ventos, é o promotor da franquia marítima

Desde os tempos remotos, fostes cantado e percebido pelos sábios

A mácula da ignorância te corrompe, dos insensatos és grande vítima

Ó generoso pai, infinita e grandiosa é a tua fonte de vida

Que nos alimenta e sacia, com as suas ofertas paternais

Reconhecer o teu valor, deve ser coisa a ser sempre nutrida

Devemos sempre protegê-lo, e não sermos predatórios comensais

A minha etérea nave, singra sempre por tuas marolas

Tua magicidade me prende, tal qual douradas argolas

Sou confesso reconhecedor da sua translúcida majestade

Irei sempre ao seu encontro, na certeza do banho que batiza

Pois ao banhar-me em teus braços, desvio de tortuosa baliza

Grato sempre serei, pois livrou-me e curou da tempestade

Leonardo Borges
Enviado por Leonardo Borges em 09/08/2012
Reeditado em 09/08/2012
Código do texto: T3820955
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