Soneto de Morte
Olho em teus olhos e teu vazio leva-me ao mundo dos mortos;
Tua alma não mais me busca e o silêncio tornou-se meu guia!
Ando na chuva, ando na neve, ando no frio...
Constantemente peregrinando em busca de paz, em busca de dia!
Contesto-me constantemente _Por que estou morrendo?
Morrendo um pouco a cada instante...
Estou indo para um abismo sem fim, onde nada me fala nada,
E tudo é escuro, solitário e sombrio dentro de mim.
Queria gritar e descobrir se ainda posso escutar minha voz;
Há muito tempo não a escuto em meu interior...
Parece-me que tudo é cinza, pó, nada além de dor.
Escondo-me aqui, ali, dentro, fora, onde eu poder...
Escondo-me de você, de todos onde estiver. Estou morrendo,
E meu espírito pede socorro, ele irá fugir para longe, ele irá correr.