Soneto de Morte

Olho em teus olhos e teu vazio leva-me ao mundo dos mortos;

Tua alma não mais me busca e o silêncio tornou-se meu guia!

Ando na chuva, ando na neve, ando no frio...

Constantemente peregrinando em busca de paz, em busca de dia!

Contesto-me constantemente _Por que estou morrendo?

Morrendo um pouco a cada instante...

Estou indo para um abismo sem fim, onde nada me fala nada,

E tudo é escuro, solitário e sombrio dentro de mim.

Queria gritar e descobrir se ainda posso escutar minha voz;

Há muito tempo não a escuto em meu interior...

Parece-me que tudo é cinza, pó, nada além de dor.

Escondo-me aqui, ali, dentro, fora, onde eu poder...

Escondo-me de você, de todos onde estiver. Estou morrendo,

E meu espírito pede socorro, ele irá fugir para longe, ele irá correr.

Anna Araújo
Enviado por Anna Araújo em 16/02/2007
Reeditado em 23/02/2007
Código do texto: T383629