ESGRIMANDO COM A RIMA.

O amor com dor que me acolhia um dia,

foi pranto enquanto a minha alma estava,

num rio de estio, entre dispersos versos,

sonhando e achando que você me amava.

No obscuro e duro aprendizado, um brado

no coração em vão ecoou, e ao vê-la

olhar-me e dar-me aquele adeus, o meu

risonho sonho recusou perdê-la.

Embora agora eu já sofrendo, e tendo

mágoas, as águas que me esfolam rolam,

fervem, servem pra inspiração do idílio.

Mergulho o orgulho na redonda onda

de paz capaz de me acalmar o mar,

num lento intento de fugir do exílio.

Michel H. Baruki - Blumenau