MÁ SORTE
Odir Milanez
A sorte não me surte os seus efeitos.
Em vão, espero vê-la à minha porta.
Ela, porém, pesando os meus defeitos,
em nada me contempla ou me conforta.
Alijado da lista dos eleitos,
de todas as dações ela me corta.
Em preces, presto à sorte os meus respeitos,
mas o que peço em preces não lhe importa!
Como se fossem vagos voos d’ave,
vão-lhes pedidos meus. Ela os relega,
desde os desesperados aos suaves.
Para mim, ela é surda, muda e cega.
Quando de um coração lhe peço a chave,
a chave que o amor sempre me nega,
ela também me nega. Quanto entrave!
JPessoa/PB
26.08.2012
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor....
A sorte não me surte os seus efeitos.
Em vão, espero vê-la à minha porta.
Ela, porém, pesando os meus defeitos,
em nada me contempla ou me conforta.
Alijado da lista dos eleitos,
de todas as dações ela me corta.
Em preces, presto à sorte os meus respeitos,
mas o que peço em preces não lhe importa!
Como se fossem vagos voos d’ave,
vão-lhes pedidos meus. Ela os relega,
desde os desesperados aos suaves.
Para mim, ela é surda, muda e cega.
Quando de um coração lhe peço a chave,
a chave que o amor sempre me nega,
ela também me nega. Quanto entrave!
JPessoa/PB
26.08.2012
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor....