Tempo de Sorrir

Pela luz da janela, vislumbro teus olhos a tocar-me

Sorrindo os mesmos me dizem que a aurora se pronunciou

As palavras mudas do olhar, tem o poder de calar-me

Os verões serão mais alongados, como o solstício anunciou

Que o pó do esquecimento, acumule nas palavras mal digeridas

Pois se é da poeira que se materializa o vento certeiro

As chamas que alimentam, jamais se formarão em feridas

Voa lufada, e leva pedaço de mim tal qual o mais fiel carteiro

O soluçar cadenciado, não mais pertence aquela garganta

Eis que mister é o amor, e qualquer fantasma espanta

As lacerações de outrora, cobertas estão pelas bandagens do sentir

E a crueza silenciosa, do manto noturno que aos ombros pesava

Deu lugar a uma nova era de intensidade, onde a luz extravasava

As flores que povoam os bosques, estão apenas por vir

Leonardo Borges
Enviado por Leonardo Borges em 31/08/2012
Reeditado em 01/09/2012
Código do texto: T3858213
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