Soneto para a mulher de preto

Uma mulher de longos cabelos escuros

Olhos de obsidiana, dois cristais

fonte viva de prazeres obscuros

Mistérios e sombras imortais

Nem errada, nem certa

ela é uma tempestade

uma porta entreaberta

é paixão, é culpa, é saudade

é mulher e é criança

amiga, amante, companheira

é desepero e esperança

um retrato cheio de poeira

é também o calor de uma lembrança

é amor para uma vida inteira

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 01/09/2012
Código do texto: T3860639
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