Impiedade
 
À noite, não estou de todo só quando me deito,
dorme colada à minha mente a tua lembrança,
minh’alma tola ainda insiste em ter esperança,
e faz-me sentir teu calor no que foi nosso leito.
 
Queria deitar-me só, mas não há mesmo jeito,
não conseguiria eu imaginar ódio ou vingança,
nem mesmo sei por prós e contras na balança!
Vou pela vida, co’essa enorme dor no peito...
 
E anoiteço assim, abraçado à tua ausência,
tão presente, tão abrangente e tão dolorida,
que, muito embora fiel, faz-me a alma partida.
 
Amanheço e dou um bom dia à decadência
que tu cerziste, friamente, em minha vida,
com a linha grosseira de tua cruel inclemência...
 
Aleki Zalex
Ago2012.
Imagem: Google
Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 09/09/2012
Código do texto: T3873758
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.