ME MATE Ó PECADO!

Desta culpa que nunca mais se acaba,

Sou o mais triste entre os viventes seres,

E dela eu vou definhando prazeres,

Num manto de céu negro que desaba...,

...A cada ano que a vida me transporta!

Por onde entrou a minha insanidade,

Não há em mim a cura da maldade,

Porque a ela meu destino se fez porta,

...Pela cega volúpia ao inocente!

Fiz assim, minha morte a outro matando,

Na mágoa que este ser vai carregando!

Ah, Deus! Mate-me agora, penitente;

Não mereço este ar que estou respirando,

Pois, pra morte já estou pronto, esperando...!

Setedados
Enviado por Setedados em 14/09/2012
Reeditado em 18/11/2012
Código do texto: T3881729
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