SENDAS DA SOLIDÃO

P'las sendas errantes dum Calvário!...
    Voo seguindo co' esta solidão,
       P'las fendas do passado na servidão,
           Ao pairar do corpo sob martírio!

Tudo se ia, menos à solidão!...
       Que se tornou em tirocínio,
              Pelas aleias deste vaticínio...
                    Ao sangrar do pobre coração!

  Ela que me acompanhava sem apelo...
             Na pele riscada e dorida sob prelo,
                     Tatuando-me por onde peregrinar!...

                  Servindo-me de abrigo ao escriturar...
                           Todo o mau agouro e langor ao vicejar...
                                              Escriturando-a sem pestanejar!...       

 

                 
            
                    

 
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 16/09/2012
Reeditado em 05/10/2013
Código do texto: T3884510
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.