MULHER ABSOLUTA

Eu fico a te chamar, falo em paixão e cio,

deleito-me a escrever sobre o amor longamente

e peço tua atenção querendo-te presente,

porém tu só me dás um “oi” muito sutil.

Os versos caem na dor, no teu olhar mais frio,

meu coração que é teu batendo tristemente

ecoa a da solidão (pobre sobrevivente),

e finge ainda não ver o teu amor vazio.

Mulher, a tua mudez arrasa esse meu mundo,

me escuta, olha pra mim, pros meus olhos falando,

e veja o meu olhar molhado um só segundo.

São águas de aflição, de dor por teu desmando,

e se tu olhares bem verás que tem no fundo

um homem no cristal das pupilas te amando.

Michel – Blumenau