Deep inside me

Que tolo que fui, viajar ao espaço infinito!

Te procurar nas estrelas mais distantes...

Em cada astro mergulhar feito um grito!

Que penetra fundo nas entranhas, ecoantes.

Lá fui eu, mergulhando nos abismos da terra,

Ah! Como água, penetrando em cada espaço...

Passo lento, como boi enfileirado para a ferra,

Enfrentei chuvas, tempestades e um mormaço!

Oh! Como fui louco! Estava nu, visão sem rumo,

Numa angustia infinda que até perdi o prumo!

Meu amor estava perdida e eu precisava achar...

Foi quando vi minha imagem refletida na água,

Olhei com olhos de descrença... O que é o amar?!

Estavas dentro mim! Dei adeus à triste mágoa...

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 06.04.2012

17:31 [Tarde]

Estilo: Soneto