QUANDO UM POETA CHORA
Nas linhas de um soneto, em que a tristeza,
chora, junto ao poeta, a própria dor,
os versos voam vagas de incerteza,
dês que o vento desvia o seu clamor.
Quando um poeta chora e tem certeza
de que seu pranto é puro dissabor,
sente o seu desencanto com clareza,
mas extravasa todo seu amor.
Há pedras perenais em seu caminho,
calando o seu querer de ser sincero.
silenciando o sal de ser sozinho.
Chora o poeta, então, o instante austero
da vida, que se vai com seu cadinho
fundindo o outonal ao primavero!!