A Luxúria
Sedutor que conquista suas presas
A luxúria, do gozo, é seu faminto
Começa com champanhe ou vinho tinto
Pra quem, contra seu charme, sem defesa
Abraça nos prazeres e deleites
O gozo transitório do seu charme
Contra o sedutor não há quem desarme
Cai, presa, derramando seu azeite
Finda a noite, deveras impudica
O ventre maculado pela mancha
Ligado ao gozador, que sempre fica
Por laços devedores do passado
cujo sinal somente se desmancha
Com dores e sofreres enjaulados.