Devaneios de um peão
Devaneios de um peão
Uma bela donzela que surge na aurora
De vestes amarelas e tez de algodão
De cabelos negros e voz tão singela
Cavalga bailante em seu lindo alazão
Ao longe, na torre, um peão em sentinela
Cobiça a donzela tal qual um garanhão
Percebe, porém, que a liberdade dela
Deixa só um rastro pela vastidão
Sonhando ser um rei, infeliz se lamenta
Por saber a sina de um simples peão
E assim a desventura ele experimenta
Por reinos a fio vive a servidão
Mas sonhos e aventuras ele alimenta
Pois sabe que é livre o seu coração
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