SONETO DA SAUDADE SIMPLES

Que saudade sinto daquelas tardes onde minha cabeça

Tinha um ombro para deitar, onde meus olhos

Simplesmente podiam chorar, chorar e chorar...

Infinitamente chorar, eu era solitária, tudo me doía... Eu sei!

Que saudades sinto daquelas manhãs repletas de cantos...

Daquelas manhãs cheias de encantos, de pesar, de contentamento.

Que saudades daquelas tardes vendo o sol se pôr, olhando...

Simplesmente olhando o infinito, aquele que nunca finda!

Que saudades das lágrimas de solidão que ainda hoje

Me sondam, mas não como as de antes... Aquelas cujo

Tinha medo... Hoje continuo a chorar com saudades!

Que saudades das lembranças de outrora, da vida, do amor...

Do colo de minha avó, dos sorrisos de meus pais...

Daquela simples vida, solidão que o tempo não trais mais.

Anna Araújo
Enviado por Anna Araújo em 25/02/2007
Reeditado em 25/02/2007
Código do texto: T393225