FLORESTA SOMBRIA

Rompo a floresta úmida e sombria

Dos meus pesares, quando a dor me invade;

Respiro a paz com o chegar do dia;

Não temo as sombras com o findar da tarde.

Porque bem forte eu ouço o lindo canto

Da esperança, que em min'alma ecoa;

Abafo o grito do meu desencanto

E a dor sentida, para longe voa.

Perdôo a quem jogou-me na floresta

Dos dissabores, pois sendo eu poeta,

Não cultivo no íntimo, rancores.

E aí, então, a selva se aclareia;

Sinto a minh'alma de alegria cheia;

Não vejo espinhos... Só enxergo flores.

http://sadefreitaspoesias.sites.uol.com.br/index.htm

Sá de Freitas
Enviado por Sá de Freitas em 25/02/2007
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