MEU LUZEIRO

Envolto em saudade e tristura
Nas águas da angústia navego
Nas velhas lembranças me apego
Amaino, dessarte, a negrura

Plangente, inda sonho contigo
A imensa ferida não sara
A vida apresenta-se amara
Ficar sem teu colo é castigo

A marca do adeus me lancina
De espinhos me vejo cercado
A névoa da dor é ferina

Não deixes que fique prostrado
Tu és o clarão que ilumina
O chão onde tenho pisado