Sozinho
Sozinho
A solidão pode te afogar em uma areia movediça
Enojado com a lama que cospe a larva que te atiça
Na janela do atolamento meu sono é intranquilo
Pesadelos do passado me revelam erros que deliro
O calçamento afundou fazendo tratores se rebelarem
Um testamento do piso que sagrado te recebem
Mas o golpe é duro faço do ferimento um conforto
Sinto-me como um menor abandonado na guerra morto
Todo esse sofrimento é o ato final da história
As vezes necessária outrora desgastada em dedicatória
A ferida não cicatriza e milhares de lembranças na memória
Já acreditei em mim mesmo dei uma de adivinho
Fizeram de meu espírito mercadoria de pergaminho
Madrugada adentrou partiu-se a esperança e vaguei sozinho