Sozinho

Sozinho

A solidão pode te afogar em uma areia movediça

Enojado com a lama que cospe a larva que te atiça

Na janela do atolamento meu sono é intranquilo

Pesadelos do passado me revelam erros que deliro

O calçamento afundou fazendo tratores se rebelarem

Um testamento do piso que sagrado te recebem

Mas o golpe é duro faço do ferimento um conforto

Sinto-me como um menor abandonado na guerra morto

Todo esse sofrimento é o ato final da história

As vezes necessária outrora desgastada em dedicatória

A ferida não cicatriza e milhares de lembranças na memória

Já acreditei em mim mesmo dei uma de adivinho

Fizeram de meu espírito mercadoria de pergaminho

Madrugada adentrou partiu-se a esperança e vaguei sozinho

Helládio Holanda
Enviado por Helládio Holanda em 23/10/2012
Código do texto: T3947267
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