Compulsão Alimentar
Que fome lancinante, permanente
Pelas noites: lugar dos meus sentidos
Sinto fome apesar de preenchido
Meu vazio, meu corpo, minha mente
A compulsão me deixa a ver navios
No estômago: lugar do sempre nada
A gana de comer não tem parada
Esvaindo a saúde como um rio
Compulsão não tem nada a ver com fome
São desejos da mente, mente insana
Que, sem fama, prefere seu renome
Ser chamado, por todos, de glutão
Faz do seu compulsivo um ser sem chama
Chamuscado, porém, por compulsão.