O batismo do poeta
O batismo do poeta
O mar era revolto, a tempestade
parecia querer o fim de tudo...
Nuvens cinzentas lá de um céu sisudo,
despejava o seu pranto. Que maldade!
Dizia um lenço branco, da cidade:
-Será grande o sofrer, eu não me iludo!
Enquanto navegava, o barco, mudo,
diante da cruel fragilidade.
E gritava a razão, muito inquieta:
-Segure o leme, aguente coração,
é preciso alcançar a nova meta,
embora não pareça a solução!
Era o batismo do jovem poeta,
Timoneiro da triste embarcação.
Gilson Faustino Maia