O batismo do poeta

O batismo do poeta

O mar era revolto, a tempestade

parecia querer o fim de tudo...

Nuvens cinzentas lá de um céu sisudo,

despejava o seu pranto. Que maldade!

Dizia um lenço branco, da cidade:

-Será grande o sofrer, eu não me iludo!

Enquanto navegava, o barco, mudo,

diante da cruel fragilidade.

E gritava a razão, muito inquieta:

-Segure o leme, aguente coração,

é preciso alcançar a nova meta,

embora não pareça a solução!

Era o batismo do jovem poeta,

Timoneiro da triste embarcação.

Gilson Faustino Maia

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 26/10/2012
Código do texto: T3953540
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