Atirei pedra na cruz.
Autor: Daniel Fiúza
27/02/2007
Atirei a pedra filosofal
numa cruz de certa encruzilhada
o que era de ouro virou pau
e de lá saiu uma alma penada.
Foi tão certeira a minha pedrada
que atingiu medonha um certo grau
onde se ouviu uma gargalhada
efervescente feito um sonrisal.
Borrou de negro onde só tinha cal
e a escuridão cobriu a luarada
o que era bom se transformou em mau
e a assombração varou a madrugada.
De tantos gritos, não se ouviu mais nada,
só o vento frio na espinha dorsal.