DO MAR E DE NÓS * Visionário

Ganhei-me, visionário, na distância

lendária dos confins da Geografia.

Moldei meu corpo em ondas de fragrância

e dei-me em vendavais de rebeldia.

De sonho e pinho fiz a caravela.

Bordei a rota de astros e de sal.

Perfumes de evasão e de canela

perderam-se num banco de coral.

Ainda as águas falam de naufrágios.

E os sonhos, a boiar, não vão ao fundo.

Que importam profecias e presságios?

Meu sonho foi até ao fim do mundo.

Agora, na diáspora me ganho...

E sou o mesmo sonho desde antanho!

José-Augusto de Carvalho

28 de Outubro de 2012.

Viana * Évora * Portugal

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 01/11/2012
Reeditado em 28/12/2018
Código do texto: T3963914
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