Musa da saudade
Musa da saudade
Abra a janela, ó musa da saudade,
quem sabe um dia eu passe novamente
e nosso olhar se cruze, de repente,
fazendo renascer felicidade.
Passou o tempo, é claro, a mesma idade
dos sonhos já não temos, mas contentes,
ainda ficaremos. A semente
do amor guardamos para a eternidade.
E quem disse que à tarde o sol não brilha?
Sob as cinzas existe caloria.
É só seguir as letras da cartilha,
a rima é sempre igual na poesia.
O tempo passa e é sempre uma armadilha,
porém não morre nunca a simpatia.
Gilson Faustino Maia