Apelo ao soneto
Saudades do Soneto
Apelo ao soneto! Nervos em riste
Procuro no meu ser contemplação
Passividade tal, deixa-me triste
E à vida não digo gratidão
Ela é como o lago donde eu aviste
Nenúfares até minha solidão
Ó vida. por que foi que me pediste
Dos sonhos, a mais pura negação?
Pertinente, meu ser um grito lança
Hei-de vencer! Ficou-.me a esperança
Há-de haver una Primavera subtil…
Para eu me sentar sobre a verdura
Ansiando uma vida de ternura
E trilhando por meu pé outro carril.
Maria Vitória Afonso