Soneto das Impossibilidades

Por entre brechas em minhas janelas estilhaçadas,

Percebo lá fora nuvens pesadas,

Enquanto tocam meu rosto respingos...De incertezas,

Frios e cortantes, como os que antecedem devastadoras tempestades.

Meus olhos, não te percebem mais,

o amor que sinto, desencontrou do seu pelos caminhos,

enquanto agonizava, tentando dolorosamente,

encontrar o rastro da mulher por quem perdidamente enamorei.

Tropecei nas suas fraquezas, mas foram as minhas a me derrubar,

Hoje, recolho pedaços meus em minhas sombrias esquinas.

Pedaços bons, aqueles que ainda podem te encantar.

Não consigo envelhecer, bem, longe de você.

Contudo, hoje te vendo assim, desaparecer aos poucos

me restam apenas às impossibilidades.

Erminio Rezende

14/11/2011

Erminio Rezende
Enviado por Erminio Rezende em 14/11/2012
Reeditado em 12/04/2013
Código do texto: T3985197
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