Soneto das Impossibilidades
Por entre brechas em minhas janelas estilhaçadas,
Percebo lá fora nuvens pesadas,
Enquanto tocam meu rosto respingos...De incertezas,
Frios e cortantes, como os que antecedem devastadoras tempestades.
Meus olhos, não te percebem mais,
o amor que sinto, desencontrou do seu pelos caminhos,
enquanto agonizava, tentando dolorosamente,
encontrar o rastro da mulher por quem perdidamente enamorei.
Tropecei nas suas fraquezas, mas foram as minhas a me derrubar,
Hoje, recolho pedaços meus em minhas sombrias esquinas.
Pedaços bons, aqueles que ainda podem te encantar.
Não consigo envelhecer, bem, longe de você.
Contudo, hoje te vendo assim, desaparecer aos poucos
me restam apenas às impossibilidades.
Erminio Rezende
14/11/2011