Soneto da Vida que Segue
Sem ao menos saber o porquê, “Noturno” de Chopin invade Minh’ alma.
Permaneço, somente, sem ar.
Percebo, de forma esmaecida, que a vida avança lentamente,
que o tempo, não se conta mais... Apenas se esvai.
Seguro o olhar, e tento alcançar o horizonte.
Encontro, no entanto, nuances indefinidas do que eu esperava ser.
Só o ar me alimenta... O ar e o brilho intenso de uma lua calada.
Não! Eu não vou ceder a essa morbidez, nem a melancolia.
Quero acreditar em dias melhores, que o amor pode ser verdadeiro.
Que não preciso provar nada a ninguém, nem a mim mesmo.
quero romper essas amarras, e seguir em frente.
Quero me apaixonar pela vida todas as vezes que pensares em me deixar.
Quero sentir no peito a certeza que vou viver para sempre,
então assim, ter uma existência imensa pra ser feliz.
Erminio Rezende
14/11/2012