À UMA FLOR...

Pela janela, um sol terno e morno,

Espreita o cálido e cheiroso ninho,

Uma luz branda se derrama em torno,

Do seu corpo, deitado sobre o linho.

Só uma seda fina, nenhum adorno,

Suave é seu sono em belo desalinho,

Sob a seda as perfeições do contorno

Que prende e enebria mais que o vinho.

Pelo perfume doce que se tinha,

Nus e belos seios, se adivinha:

Deste jardim é a flor mais formosa.

Esta cena de graça e de venturas,

Emociona até os anjos nas alturas,

Qu'encantados dirão seu nome... Rosa.

Aprendiz das Letras
Enviado por Aprendiz das Letras em 15/11/2012
Reeditado em 20/03/2013
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