Soneto de mal ingrato amor

Mal ingrato amor que foi apaixonar-se deveras

Quando já tinhas tu se livrado de tanta tristeza

Perco o lirismo, as metáforas... tudo se vai

E fico só no Real que em recordar-me é realeza!

Porbre ingrato amor, que na vida nada mais dedicado havia!

Dedicado a ti por quem dedica um amor a outro amor

Escolhido por quem escolhe as almas gêmeas

Sentido no peito com o maior sentimento de grande furor!

Esse tal amor que na terra ninguém viveu além de mim

E de passagem se fez e inda nem posso contar

Esse tal amor que foi tão certo que morreu, enfim

E nada mais posso além de o velar

Enquanto isso que fala aqui dentro, assim...

E nem repito... nem quero, nem vou escutar!

dhália
Enviado por dhália em 02/03/2007
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