Soneto de mal ingrato amor
Mal ingrato amor que foi apaixonar-se deveras
Quando já tinhas tu se livrado de tanta tristeza
Perco o lirismo, as metáforas... tudo se vai
E fico só no Real que em recordar-me é realeza!
Porbre ingrato amor, que na vida nada mais dedicado havia!
Dedicado a ti por quem dedica um amor a outro amor
Escolhido por quem escolhe as almas gêmeas
Sentido no peito com o maior sentimento de grande furor!
Esse tal amor que na terra ninguém viveu além de mim
E de passagem se fez e inda nem posso contar
Esse tal amor que foi tão certo que morreu, enfim
E nada mais posso além de o velar
Enquanto isso que fala aqui dentro, assim...
E nem repito... nem quero, nem vou escutar!