SONETO DO POEMA CONCRETO

Lápis colorido pinta o caminho de sombras

muita cor viva, forte, lápis de cor verde.

Um pincel encontrei nas mãos de Portinari

ele presenteou o mundo; veio lá do sudeste.

Cabral de Mello pintou o galo e o sol

jogou pedra na cruz do sentimento.

Coloriu a arte seca, marrom, quase cinza

traçou a verdade, cantou seu canto sem melodia.

Cimento cola o tijolo do coração, avermelha o céu

cremos que nada é para sempre, nada e ninguém

sendo a escrita, o aroma da noite imortais

O perfume do anjo navega em Drummond

o mineiro que nas ruas cariocas escreveu o mundo.

A tinta fresca da vida pintou a arte eterna em nós.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 21/11/2012
Reeditado em 25/07/2020
Código do texto: T3997478
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