Amo alguém

Amo alguém como a imensidão do infinito,

Só de amar encontro-me eu em mar supino

Meus amores, meus fervores, meu destino,

Mesmo rude a paixão, lanço o meu grito.

Se algum dia me encontrar senil avito,

Amarás a norma do meu figurino.

Te gabando com meu verso alexandrino,

Tu verás um grande amor no meu escrito.

Doravante eu cá, no cume da jornada,

Vida inteira no desuso do desdém

Caminhei nos trilhos desta longa estrada,

Por amar somente à ti, me fiz refém,

Tudo é vero, nunca houve aldrabada

E, seguindo meus caminhos, amo alguém.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 27/11/2012
Código do texto: T4007315
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