Nó de marinheiro

A cada nó que à vida eu renego,

um outro nó aperta-me a alma!

Eu vou, de nó em nó, com toda calma,

até fazer da vida um nó cego.

Por que o nó aperta quando pego

na corda que enlaça o sofrimento,

pra dar um nó no nó do pensamento

de todos nós que ora eu carrego.

Mas haverá um dia, certamente,

que todos nós serão os nós da gente

a apertar os nós do mundo inteiro.

E nesse dia podem ter certeza,

de que o nó do nó da natureza,

será um antigo nó de marinheiro.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/03/2007
Código do texto: T401294
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