Nó de marinheiro
A cada nó que à vida eu renego,
um outro nó aperta-me a alma!
Eu vou, de nó em nó, com toda calma,
até fazer da vida um nó cego.
Por que o nó aperta quando pego
na corda que enlaça o sofrimento,
pra dar um nó no nó do pensamento
de todos nós que ora eu carrego.
Mas haverá um dia, certamente,
que todos nós serão os nós da gente
a apertar os nós do mundo inteiro.
E nesse dia podem ter certeza,
de que o nó do nó da natureza,
será um antigo nó de marinheiro.