Calvário
 
Ao vê-la de grinalda branca e pura,
Majestosa, serena feito pomba,
O coração dentro do peito tomba
Por ter perdido tanta formosura.
 
Ela tão deslumbrante, ele em tortura,
Ao ver que estendia aquele estranho
Um rico e belo anel todo de estanho
Á mulher – á sua esposa futura;

E nunca mais a viu. Ora por certo
Hoje vive feliz, bem coroada,
Dos carinhos dos filhos que estão perto;
 
E ele após sofrer tanta amargura,
Do amor o calvário, a ferroada,
No próprio amor encontrou sua cura.
 
 
 
 

 
 
 
 
 
Allves
Enviado por Allves em 03/12/2012
Reeditado em 14/10/2016
Código do texto: T4016880
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