Queres ser meu amor?

As podres excrescências emanadas,

Fosforescestes fogos de artifício,

Latejam minhas pernas amputadas

No sentimento inócuo; um precipício...

As almas, com certeza, estão compradas

Pelos defeitos, ócios, aços, vícios...

Minhas veias estão inoculadas

Pelas serpes de amores mais fictícios...

Sou vértice, sou vórtice, sou frágil.

As espúrias paixões que se entornaram

Não deram-me o poder de ser mais ágil...

Se queres imbecil amante, reles,

Se as esperanças, todas, te largaram,

Convido-te ao banquete: nossas peles!