Soneto aos Mortos

Verme que no ermo cemitério freme

Qual tortura infausta vil e maldita

Numa desventura triste infinita

Que no coração mísero seu preme.

Carne pútrida que no solo treme

Mortos sepultos mistérios e incógnita

Pra que tanta soberba mal que dita

O caminho do homem triste geme.

A gritar por socorro ninguém ouve

Nesta terra de mortos insepultos

Que vagam por aí ignotos e incultos.

Verme bendito que corrói os insultos

Dos que se foram e no inferno move

A roda dos execrados comove.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 07/03/2007
Reeditado em 26/09/2008
Código do texto: T404320
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