O Poeta e o Graussá
Jorge Linhaça
 
Por entre as nuvens ponteando o céu
Eis que a lua já se faz presente
Inda é dia, está longe o poente,
E o sol brilha, qual favo de mel
 
As ondas do mar são um mundaréu
E um grassá me olha indolente
Olho pra ele... Corre velozmente
Qual criminoso temendo ser réu
 
Logo adiante s’enterra  n’areia
Buscando ali sua segurança
Contra os ataques do seu caçador
 
Mas o poeta descobre-lhe a peia
E logo o pega, qual fosse criança
Depois o solta , num ato de amor
 
Salvador, 20 de dezembro de 2012