SONETO DO AMOR QUE PULSA.
Meus olhos pedem o cálice da sua boca,
Desejo fartar-me de sua malicia oculta,
Se minha alma transpira esse enleio,
É sinal que a vida robusta ainda pulsa.
Na vida os caminhos são incautos,
O caminhar em perigo se expõe,
Mas como é a dor de amar,suave.
Pois o perigo em prazer transborda.
Que culpa tem a alma algemada,
Por elos vivos do néctar de sua boca?
Se não faz esforços para se libertar-se.
Mas se meus olhos o cálice pede,
É porque no coração o pavio pulsa,
A espera única do incandescer-se.