Soneto do arrependido

O amor um dia

Bateu na minha porta

Hesitei e não atendi

Que perfeito idiota!

Depois abri correndo

Não consegui mais vê-lo

E hoje a vida fenecendo

E eu aqui sem tê-lo

Se adivinhasse

Teria aberto e dado um sorriso

Talvez me apaixonasse

Depois uma rosa oferecesse

Um poema rabiscasse

Ai amor! Se eu soubesse...

(do livro Humano, humano demais - Editora AG - 2004)

José Benício
Enviado por José Benício em 25/12/2012
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