Soneto do perdão

Perdão pelo pecado não cometido

Pelos lábios molhados dos beijos que não dei

Esqueça o que não foi dito

Arrefeça o abraço que recusei

Lave os lençóis com marcas do amor

Das noites que nunca dividimos

Esqueça os sonhos e o sabor

Dos gozos que nunca sentimos

Rasgue as cartas nunca lidas

Cure as marcas de mordidas

Releve os defeitos que não demonstrei

Assim tudo volta sem ter ido

Fica apenas um poema sem sentido

Aquele que nunca entreguei

José Benício
Enviado por José Benício em 25/12/2012
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