SACAL

Indescritível desespero meu...

Consome a eternidade do que é bom,

Apaga as luzes do meu lindo dom,

Deixando-me entre vultos neste breu...

Toques gelados de quem já morreu...

No vácuo em que me sinto escuto o som,

Procuro semitom por semitom,

Mas nunca encontro a paz que Deus me deu...

Descrevo a trajetória que não sigo,

Para meu pranto não há ombro amigo,

Verso com meu espírito o que sobra.

Fanático desejo pelo bem,

Esse, que o mundo faz-me viver sem

E a vida, desde sempre, muito cobra...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 01/01/2013
Código do texto: T4062106
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