Penado amor

O que seria da vida então, sem o amor penado

Se não fosse a ausência, que presente devora

Quando se dá os dias, lembranças da mente afora

Onde o amar se fez vida, pensou-se ter achado

O que seria então das palavras por amor enfermas

Que nasceram destas mágoas, dita lembrança

Que no ser rebenta, então ensebas, as mesmas

E chamas o inferno efectivo de “Esperança”

O que seria dos tais, apregoados entre o tempo

Que acreditaram nesta flor que jamais nasceu

E que a cada dia pobre, chamaram-nos: Sonhador

Foram amantes, sem perceber aos dias não sendo

No canto se fez cego ao esto, do amar esqueceu

E deram-se a estes dias malogrados, escuso amor.

Junior Antonio
Enviado por Junior Antonio em 10/03/2007
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