SONETO DO ORGASMO MAIOR

Em cataclismo enorme, titânico,

Em busca de frementes espetáculos.

Amor que sempre fora tão tirânico,

Se mostra mais sutil, como em oráculos

Onde premissas: sorte, morte, pânico;

Freqüentam infernais, iguais cenáculos.

Carícias e desejos, conceptáculos...

Sentimento carnal, quase mecânico!

Inebriantes flâmulas, histéricas.

Sacrofagicamente canibal.

Buscando as epopéias quase homéricas,

Transfunde colossais pressentimentos,

Ungindo-se em torpor, qual animal,

Perpassa meus vadios pensamentos.