Soneto do Amor Divino...
Bebes sangue da Besta que tu vendes
Em nome da moral e bons costumes.
Desejos de vinganças sempre acendes
Naqueles que cheirarem teus perfumes.
É fato que sem Besta não mais rendes
Nem pagas as vergonhas, falsos lumes,
Aos pântanos celestes quando ascendes
Encharcas tantas lamas, nos teus gumes...
O mártir que espancaste a cada esquina
Sofrendo emoldurado numa cruz
Sabe que em tua fúria se extermina
Tudo o que falara em sacrifício.
Na mão direita trazes um obus
Mirando quem não segue o teu ofício...