ARRANCAVA OS SONHOS QUE SONHEI!
Como se arranca a flecha da ferida,
Seu amor das entranhas arranquei,
Ainda senti ao faze-lo que a vida
Me arrancava os sonhos que sonhei!
Do altar que te elevei na alma fria,
A vaidade de sua imagem dissipou,
E aquela luz da fé que nela ardia,
Ante o altar deserto se apagou!
E pra contrariar minha firme intenção
Vem a minha mente sua tenaz visão;
Quando poderei dormir com esse sonho,
Se ela está nos versos que componho?
Como pode alguém que se amou com tanto
Carinho e afeto, e agora nos causa espanto?!