ARRANCAVA OS SONHOS QUE SONHEI!

Como se arranca a flecha da ferida,

Seu amor das entranhas arranquei,

Ainda senti ao faze-lo que a vida

Me arrancava os sonhos que sonhei!

Do altar que te elevei na alma fria,

A vaidade de sua imagem dissipou,

E aquela luz da fé que nela ardia,

Ante o altar deserto se apagou!

E pra contrariar minha firme intenção

Vem a minha mente sua tenaz visão;

Quando poderei dormir com esse sonho,

Se ela está nos versos que componho?

Como pode alguém que se amou com tanto

Carinho e afeto, e agora nos causa espanto?!

Oziris
Enviado por Oziris em 17/01/2013
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