O MEU FIM

Senhor... aperta-se o cursor das dores

Como a arca empanturrada em brilho, de ouro

Meu pobre corpo, vaso sem amores,

Sem luz, sem os troféus e sem tesouro!

Dai-me, Ó Pai, asas para os esplendores...

Para voar, sem medo e sem desdouro,

Levando na alma luz... nos braços flores

No amanhecer iluminado e loiro.

Fecha-se o cerco, o corpo qual gigante

Ao vendaval já cede... cai pujante

Sem desferir um só lamento, cai.

Adeus família... amor: o meu troféu.

São Pedro, abre-me as portas de teu Céu,

Acolhe-me, Senhor... Meu Deus... Meu Pai!

Lucan
Enviado por Lucan em 12/03/2007
Reeditado em 12/03/2007
Código do texto: T409624