Soneto em homenagem às bodas de prata de um casal quase perfeito.
Principesca
Herculano Alencar
Qualquer que seja a fé, o idioma,
a cor, a raça, o credo, a condição...
Qualquer que seja o dom, a tradição...
há sempre, na história de quem ama,
um sonho a fustigar o coração.
Há sempre alguma coisa que reclama,
que teima em manter acesa a chama,
que reacende as cinzas da paixão.
Assim foi com Eurídice e Orfeu,
e foi com Julieta e Romeu,
e com Isolda e, seu amor, Tristão.
Assim será com Fátima e Norberto,
dois grãos de areia postos no deserto
para que Deus fizesse a união.