Poesia envenenada IV (Olhar envenenado)
Cristais anis de mar flamejando,
Brilhando num oceano de estrelas,
Oh, tolo o que a ti vai viajando,
Pois afogas o ausente de cautela.
Olhar calmo, nas palavras tênues,
Anjo a olhos cansados, falsa luz tua,
És como a face oculta da lua,
Justo uma sereia grega e dúctil.
Poema este é de quem conheceu
Hostilidade por trás da máscara,
De tua garra se protegeu
Imune fica o sobrevivente,
Coração sombrio está blindado
Contra vosso olhar envenenado.