PÁSSARO CATIVO
PÁSSARO CATIVO
Sou ave cantante solitária e infeliz,
presa em gaiola dourada e reluzente,
cantando melodia que parece, de contente,
dizer: foi este o destino que eu quis!
Pensar que canto e não morro por um triz,
por almejar a liberdade o sangue quente,
por saber que é por amor, mas diferente,
por saber que de amar sou aprendiz.
Faço assim deste cantar, meu alimento,
como absinto inspirador e embriagante,
que me liberta e faz voar meu pensamento.
Canto “alegre” a poesia que em mim dói,
ardor latente de um desejo delirante,
saudade eterna de um amor que ainda não foi!
Leopoldina, MG, 07 de fevereiro de 2007.