Soneto do Amor Partido
Quando o amor partiu do meu coração contrito
num inverno carregado pelo vento,
roubou o calor que havia dentro,
multilou o ardor do meu peito aflito.
Quando o riso deu lugar ao pranto,
e o fascínio agora silencioso
caía no esquecimento doloroso,
ferindo mortal o encanto,
o vazio preenchia os olhos maltratados,
noite após noite perturbados,
dia após dia perdidos.
Os sonhos há muito esquecidos
ainda vagam em desejos dominados,
tristes laços queridos, despedaçados.