Eternidade Virtual
Parece que o tempo não importa
o fato é que eu não sinto em mim mudanças
entre a ternura das canções e a euforia das danças
choro a dor de quem não encontrou aberta a porta.
Porta de madeira nobre e parafusos trabalhados
que se apertam com dedos molhados e hesitantes
a força abalada pelas lembranças do antes
e a necessidade obrigatória de torná-los fechados.
Um caixão imaginário que a mente fabricou
devido ao tedio insano e às vezes fraudulento
tornando tola a mente e a mão do escritor
A vida torna-se em filosofia um passatempo
a eternidade faz do nosso corpo um provedor
que antecipa com um suspiro o logon do novo tempo.